![](http://www.google.com.br/url?source=imglanding&ct=img&q=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmlulI7eN2l_D8j8znjudHt2Z-qSTg7eq_X4HD0aiePpAi67-4tRFNknDth5MV6Uu5mdO1tUzQkPJTuSdmS9CpGTUhRdzO0aQxOg33TLlLLusBhTCL9frG2d2ITRwEY6U6VeE7LtuJiKYb/s640/lab_enfermagem_011.jpg&sa=X&ei=p__oT7a2N8ew0AGjzqmVDQ&ved=0CAkQ8wc&usg=AFQjCNF4NkotAEpeTQ1J5vsOY55ZO9vreQ)
(Primeira parte)
BREVE
HISTÓRICO
A
Formação Profissional no mundo e no Brasil está intimamente ligada
ao nascimento e avanço do processo de industrialização nas
sociedades e corresponde às necessidades geradas por esse mesmo
processo.
O
Congresso Internacional de Treinamento e Desenvolvimento realizado
em Bath, na Inglaterra, em 1973, apresenta um modelo em que divide a
industrialização em cinco fases distintas1
a saber:
1ª FASE: Subdesenvolvimento
2ª FASE: Em desenvolvimento
3ª FASE: Após o início da industrialização
4ª FASE: Industrialização avançada
5ª FASE: Pós-industrialização
Sem
entrar em detalhes sobre as características atribuídas a cada fase
deste modelo, já que não faz parte do objetivo deste trabalho,
vimos que é na fase de DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIALIZAÇÃO que
surgem as Instituições de Formação Profissional. É quando a
quantidade e complexidade dos conhecimentos necessários para operar
a indústria passa a requerer uma preparação metódica e
sistemática da mão-de-obra.
Outro
modelo deste processo nos é dado por HUBERMAN, 1983, p.125, que
caracteriza a organização industrial em quatro fases sucessivas,
que são:
- Sistema familiar: os membros de uma família produzem artigos para seu consumo, e não para a venda.
- Sistema de Corporações: produção realizada por mestres artesãos independentes, com dois ou três empregados, para o mercado, pequeno e estável.
- Sistema doméstico: produção realizada em casa para um mercado em crescimento, pelo mestre artesão com ajudantes, tal como no sistema de corporações.
- Sistema fabril: produção para um mercado cada vez maior e oscilante, realizada fora de casa, nos edifícios do empregador e sob rigorosa supervisão.
Considerando
o esquema de Huberman, vamos encontrar a formação profissional
ainda no sistema de corporações e a formação industrial a partir
do sistema fabril, conforme detalharemos nos parágrafos seguintes.
Comparando os modelos de Huberman e o citado por PONTUAL, no que se
refere ao grau de avanço da industrialização, podemos estabelecer
uma correspondência entre o sistema fabril e a fase de
desenvolvimento da industrialização.
No
Brasil, a industrialização, datada da década de 20 pode ser
constatada no “(...) impulso sofrido pelo parque manufatureiro
que apesar de débil passa a ter papel indispensável no conjunto da
economia brasileira.” (RIBEIRO, 1982, p.91). Este
processo provocou alterações substanciais na sociedade brasileira.
A produção dos bens materiais, atrelada agora ao desenvolvimento
tecnológico e à dinâmica das fábricas, implicou no surgimento de
novas dinâmicas e necessidades sociais. Uma delas, a qual me
interessa neste trabalho, refere-se a necessidade de formação e
reposição de mão-de-obra.
Ora,
a industrialização com o seu consequente avanço tecnológico criou
a necessidade de conhecimentos maiores e mais complexos para operar e
manter seu maquinário produtivo. Foi a “(...) complexificação
do trabalho fabril que passou a exigir trabalhadores mais
qualificados.” (WARDE, 1983, p.56). Para DECCA, 1987,
p.68, “(...) o sistema de fábrica (...) abriu2
caminho para que se produzisse uma esfera de conhecimentos
tecnológicos onde se opera a radical apropriação do saber”.
Esses conhecimentos tecnológicos, apropriados pelo sistema, deveriam
ser transmitidos para aqueles que iriam manipular os equipamentos da
indústria no sentido de implementar sua produção.
1
Citado por PONTUAL, 1980, p.5-6.
2
O verbo abrir foi deliberadamente alterado para a forma do pretérito
perfeito para promover a concordância necessária à coerência do
texto.
REFERÊNCIAS
DECCA,
Edgard de. O Nascimento das Fábricas. São
Paulo: Brasiliense, 1987.
HUBERMAN,
Leo. História da Riqueza do Homem. Rio de
Janeiro: Zahar, 1983.
PONTUAL,
Marcos. Evolução do Treinamento Empresarial. In: BOOG, Gustavo
Gruneberg (Coord). Manual de Treinamento e Desenvolvimento.
São Paulo: McGraw Hill, 1980, p.1-12.
RIBEIRO,
Maria Luísa Santos. História da Educação Brasileira: a
organização escolar. São Paulo: Moraes, 1982.
WARDE,
Mirian Jorge. Educação e Estrutura Social: a
profissionalização em questão. São Paulo: Moraes,
1983.
(Texto produzido por Sydney Lima Silva)
(Fim da primeira parte. Continua nos próximos episódios)
Nenhum comentário:
Postar um comentário