CETEP de Alagoinhas

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Continuação do Histórico sobre a Educação Profissional



(Segunda parte)

Ainda na fase inicial da industrialização brasileira (1932-1936) era possível treinar os operários rapidamente nas próprias fábricas. Porém, passada esta fase inicial, a transmissão – assistemática e informal – desses conhecimentos no próprio local de trabalho tornou-se inviável pois

É evidente que, se a educação informal é incompleta, em condições semelhantes o ensino profissional também o é, além de se mostrar um processo lento e oneroso, calcado no ensaio e erro, método primitivo que não atende à expectativa da evolução tecnológica atual. Por essa razão, nos países considerados desenvolvidos, o exercício profissional só é admitido após formação escolar.” (MORENO, 1980, p.242)

Torna-se claro e óbvio afirmar que a formação profissional surgiu com o nascimento da indústria e das fábricas, que foram os expoentes máximos da fase inicial de industrialização. Porém devemos situar a formação profissional dentro de um contexto mais amplo que é o da educação profissional. Desta, caracterizada inicialmente como o ensino e a aprendizagem de uma determinada profissão, vamos encontrar referências em épocas distantes. Já na Europa da Idade Média, para não irmos mais além, encontramos as corporações de ofício, as quais sintonizadas com o contexto daquela sociedade, proporcionavam o ensino de determinados ofícios.

Os aprendizes eram jovens que viviam e trabalhavam com o artesão principal, e aprendiam o ofício. A extensão do aprendizado variava de acordo com o ramo. Podia durar um ano, ou prolongar-se por 12 anos. O período habitual de aprendizado variava entre dois e sete anos. Tornar-se aprendiz era um passo sério. Representava um acordo entre a criança e seus pais e o mestre artesão, segundo o qual em troca de um pequeno pagamento (em alimento ou dinheiro) e a promessa de ser trabalhador e obediente, o aprendiz era iniciado nos segredos da arte, morando com o mestre durante o aprendizado.” (HUBERMAN, 1983, p.63)

REFERÊNCIAS


HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.


MORENO, Mair Martin. Formação Profissional (aprendizagem). In: BOOG, Gustavo Gruneberg (Coord). Manual de Treinamento e Desenvolvimento. São Paulo: McGraw Hill, 1980, p.241-257.


(Texto produzido por Sydney Lima Silva)
(Fim da segunda parte. Continua nos próximos episódios)

2 comentários:

  1. Muito bom conhecer um pouco da história da educação profissional para entender esta trajetória e saber que hoje formamos trabalhadores pensantes e não “gorila amestrado”.

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  2. Raul,

    Obrigado por seu comentário.

    Fico feliz que pense assim.

    A Educação profissional, hoje, objetiva a formação do cidadão trabalhador. Para isso busca desenvolver além das habilidades manipulativas, as competências mentais onde se trabalha para o desenvolvimento do raciocínio crítico, a compreensão da realidade e do mundo do trabalho, além da capacidade de se trabalhar em equipe, respeitar o outro e o meio ambiente, tendo comportamento pautado na ética e na solidariedade humana.

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